Hoje abordaremos o tema emoções, buscando compreender de que forma
acontece sua influência sobre o comportamento dos indivíduos dentro da
organização. Uma razão
para o aumento de pesquisas sobre este tema deve-se ao impacto negativo do
estresse ocupacional na saúde e no bem-estar dos empregados e,
conseqüentemente, no funcionamento e na efetividade das organizações. Na
economia, o impacto negativo dessa variável tem sido estimado com base na
suposição e nos achados de que trabalhadores estressados diminuem seu
desempenho e aumentam os custos das organizações com problemas de saúde, com o
aumento do absenteísmo, da rotatividade e do número de acidentes no local de
trabalho (Jex, 1998).
As emoções são “sentimentos intensos direcionados a alguém ou alguma
coisa”. Para uma melhor compreensão,
podemos separar as emoções em sentidas e demonstradas. As sentidas são aquelas
genuínas para o individuo. Já as demonstradas são as requeridas pela empresa e
consideradas adequadas para um determinado cargo. Elas não são inatas, e sim
aprendidas. Todos os trabalhadores despendem esforço físico e mental quando
colocam o corpo e a mente na realização de suas tarefas, sendo que em muitos
trabalhos é necessário o esforço emocional, quando um funcionário expressa
emoções desejáveis pela organização durante suas atividades. O desafio se torna
maior quando é exigido que os funcionários projetem uma emoção enquanto na
verdade estão sentindo outra, criando uma dissonância
emocional, gerando uma forte carga sobre esses funcionários. Se não
trabalhados, sentimentos reprimidos como frustração, raiva e ressentimento
podem levar a serias crises emocionais.
Existe uma variedade de emoções, sendo
aquelas positivas, que expressam uma influência favorável de sentimento, e
aquelas negativas que expressam o oposto. Segundo pesquisas, as emoções
negativas parecem ter impacto ainda mais acentuado sobre as pessoas. Estudos
também já identificaram seis emoções universais, que são elas: raiva, medo,
tristeza, felicidade, desagrado e surpresa, sendo que as outras emoções podem
ser agrupadas dentro de uma dessas categorias. Além da variedade, outro fator
importante é a intensidade. As pessoas dão respostas diferentes a estímulo
emocionais idênticos, que pode ser atribuído a personalidade, gênero do
individuo (mulheres, por exemplo, tendem a ter maior expressão emocional), ou
mais uma vez, como uma exigência do trabalho.
Todas as organizações definem e
identificam quais emoções são aceitáveis e em que grau elas podem ser
demonstradas. É preciso compreender que as emoções são dificilmente
controladas, e é um erro ignorar os elementos emocionais do comportamento
organizacional. Também é possível
concluir que as emoções afetam o no trabalho, tanto negativa ou positivamente.
É necessário que se trabalhe de forma que as emoções possam alavancar a
vontade, agindo assim como motivadoras para um melhor desempenho. Dessa
maneira, a capacidade de se administrar as emoções pode ser fator-chave para o
sucesso!
Jex, S. M. (1998). Stress and job performance. Londres:
Sage.
Nenhum comentário:
Postar um comentário